terça-feira, 1 de maio de 2007

PARA QUANDO A ORDEM POLÍTICA AFRICANA?

O presidente Líbio convidou recentemente a comunidade africana a desenvolver um espírito de ambição e de competitividade à imagem da União Europeia e dos Estados Unidos de América, pois diz ele, a África tem condições para superar todas estas potências em pouco tempo. Resta contudo saber o que se entende por potência e o que se infere por pouco tempo.
Não sei se não estamos perante um surto discursivo, uma tentativa de despertar as consciências e de elevação da identidade continental que pode acabar justamente em criar efeitos contrários. Com efeito, o que é que é mais importante? Falar de uma ordem política que não existe ou pressupor condições indispensáveis para a existência da ordem política?
Hoje, não se pode dizer que o continente não está preparado para as referidas corridas propostas pelo presidente Líbio, mas podemos dizer que não se quer preparar e o próprio coronel Kadafi é o exemplo típico desta recusa, basta para isso, analisar os comentários que fez em relação ao anúncio da vitória das presidências senegalesas do octogenário presidente.
Não é possível falar de uma ordem política africana enquanto não houver meios de sanções eficazes para garantir a legalidade política e democrática no continente e muito menos se pode falar da ordem política se não há uma vontade política para a mudança.
O próprio eleitorado africano parece apostar mais na experiência de quem está no poder do que na promessa de quem lá quer chegar, é o que temos visto nas últimas eleições SENEGALESAS e o cenário parece confirmar-se no MALI com o presidente A. Toumani Touré. Este fenómeno explica-se, pois a maior parte da oposição política partidária vive e depende da fabricação internéutica, um espaço onde sabemos tudo da política e não percebemos nada da política. Um espaço onde abundam os elogios em tempos democráticos, que é muitas vezes o sinónimo da fuga de confrontos de ideias.

2 comentários:

Anónimo disse...

controlar os comentários é censura e tira a legitimidade do artigo.
Passar bem.

Anónimo disse...

Eu sou um daqueles e aquelas que pautam pelo respeito da diferença, porque consciente de que a diferença é uma grande riqueza, evidentemente quando é bem gerida. A difereça enrriquece e obrigação a superação constante do meu ego. Porém, contestar um artigo, discordar com um escrito de um(a)compatriota nosso(a)ou não, acerca da sua opinião sobre a situação socio-politica meilitar, economica, ..etc, não me autoriza de alguma forma à insurgenência com palavras insultuosas,caluniosas e difamatárias. Na semalhante situação, o ideial seria, com base ao critério da honestidade intelectual, "desmontar" peça por peça, com os argumentos convincentes o artigo ou escrito em questão.Mas infelizmente isso não acontece, porque propenso pela facilidade, pois o sacrificio é mais exigente. Compreendo muito bem que, a conflituosa situação actual que se vive na Guiné-Bissau é responsável por esta nossa controversia quotidiana. Mas estou convicto e plenamente convencido que, um DIA, havemos,todos sem excepção, cantar como no nosso glorioso passado histórico "Pa nó uni pa nó mama" porque como canta o nosso campatriota Sidónio Pais "kada hussa ku si kumsada, ma i tem si fim só si Deus ka misti i ka kaba".Esta situação será ultrapassada. Como os Adultos e Jovens, os intelectuais e analfabetos de ontem souberam conjugar o esforço para uma causa comum: a libertação do noso povo do jugo colonial português e dos seus aliados da OTAN, assim Adultos e Jovens, os intelectuais e analfabetos de hoje deveriam saber com conjugar o seu esforço, o seu "savoir faire" lutando de mãos dadas para o desenvolvimento sustentado da nossa Pátria Amada. Apesar das divergncias de opniões e da visão do mundo circundante, meus caros compatiotas, se houvesse mais união entre nós, se apesar das divergências acima mencionadas, houvesse mais compreensão,tolerância coragem e firme vontade de nos sacrifcar como a geração passada, seriamos capazes de contornar a desastrosa situação actual do nosso país. Mas se nos insultarmos, nos injuriarmos, nos difamarmos e nos destruirmos reciprocamente, tenhais a certeza que os Graudos timoneiros da Nação guineense exploram e explorarão sempre esta nossa divisão para nos dividir ainda mais. Que proveito ganho eu insultando e difamando o subscritor de um artigo de opiniãode que não estou de acordo? Não seria melhor obtar pela desmontagem do mesmo um outro artigo mais "puxado"?
Os meus votos de muita coragem e sucesso aos que enveredaram o árduo caminho da criação dos seus "sites" pela luta em PROL DA DEMOCRACIA, LIBERDADE E DOS DIREITOS HUMANOS.
p. Francelino