domingo, 22 de março de 2009

EXPERIENCIA DE EXILIO Y DE LIBERACIÓN (ÁNGEL MORENO DE BUENAFUENTE)

“Junto a los canales de Babilonia nos sentamos a llorar con nostalgia de Sión.
¡Cómo cantar un cántico del Señor en tierra extranjera!” (Sal 137 [136], 1).

Hay exilios forzosos, otros voluntarios, como mal menor; algunos son violentos, otros alivian el drama en el que se vive; en ocasiones obedecen a deportaciones públicas, muchas veces son clandestinos. Hay circunstancias en las que supone un verdadero heroísmo, pero también cabe la huída, la cobardía, la deslealtad. Hay exilios injustos, otros son culpables.

Caben tres posibles exilios. Podemos estar exilados de la propia tierra, de nosotros mismos, y de manera subjetiva del amor de Dios. Cuando suceden algunas de estas experiencias, se comprende el grito del salmista: “Que se me pegue la lengua al paladar si no me acuerdo de ti, si no pongo a Jerusalén en la cumbre de mis alegrías” (Sal 137 [136], 6).

Exilio es vivir sin tierra propia, errante, vagabundo, sin cobijo, ni mirada familiar cercana. Es caminar sin referencia entrañable, sin tú con quien desahogar el alma, ni posibilidad de auxilio, que libere del encerramiento clandestino. Es padecer la lejanía del lugar materno, sin hogar propio, sin futuro cierto, ni estancia estable, con la duda y emergencia permanentes. Ante esta realidad el Evangelio propone la hospitalidad.

En ocasiones se sufre el exilio de uno mismo, efecto que se sigue del ensimismamiento intrascendente, atrapados en la tristeza y esclavos de lo visible, sin el horizonte de la fe. Sensación de agobio, sumergidos en la debilidad, sin encontrar respuesta a las preguntas más existenciales. Es el exilio más doloroso, por la falta de aceptación personal, de reconciliación con la propia historia, sin hospitalidad íntima del ser. Es necesario el perdón.

Hay exilio espiritual, experiencia de desolación, al perder la conciencia de que el Señor concedió la tierra en propiedad y el dominio de los bienes para acrecentar su obra creadora. Es haber olvidado la identidad filial, el ser hijos de Dios. Siempre cabe el regreso.

Propuesta: Es necesario retornar a Sión, enderezar los pies hacia la ciudad santa, reconstruir el santuario, recuperar el altar, rendir el culto debido a Dios, dejar al Espíritu Santo que gima dentro de nosotros y grite, si es preciso: “Abba, Padre”.

Jesucristo, por la gracia del perdón de nuestras rebeldías, restaura nuestro santuario, nos restablece en la tierra de comunión, que es la Iglesia. Nos hace lugar santo. “Dios, rico en misericordia, por el gran amor con que nos amó, estando nosotros muertos por los pecados, nos ha hecho vivir con Cristo. Estáis salvados por su gracia” (Ef 2, 4-5).

Reacción: El sobrecogimiento y la gratitud. “Tanto amó Dios al mundo, que entregó a su Hijo único para que no perezca ninguno de los que creen en Él, sino que tengan vida eterna” (Jn 3, 16).

quinta-feira, 19 de março de 2009

DESILUSÃO E HUMILHAÇÃO

- O tempo acabou, não há partida que não tenha um fim. Nós somos os filhos do começo, do eterno começo, mas a nossa genealogia só é completa quando tocamos o fim. Hoje portanto tu sentes-te em casa, em família, porque tocaste no finito, não é porém um finito fechado, ou isolado do mundo imanente. Não, não é assim; ele não tem nada de transcendente, a sua única transcendência é o facto de alguns pensarem que somos uns alucinados divinos, talvez porque vivemos no tempo e assumimos a temporalidade dos seres limitados e imperfeitos.
- Por favor Bruno, se eu precisasse de uma homilia, estava à porta de uma Igreja qualquer. – disse Cadi irritadíssimo. Mas infelizmente para ela, porque o Bruno não a deu ouvidos e continuou passivamente.
- Dizem que somos gente perdida porque somos nostálgicos. Fazem tais afirmações simplesmente porque recusamos a qualidade de copistas natos, visto que para nós o essencial não é copiar do outro, mas copiar o que é indispensável para o desenvolvimento e para a riqueza cultural. – Não sei porque é que eu vim cá.
- Eu sabia. Sabia que ia ter que ouvir isso. Estás a insinuar que a antigamente é que era bom, não. A mesma cantiga, a mesma de sempre. – respirou fundo e concluiu. – Valha-me deus.
- Eu nunca disse que a era dos tugas era uma era de ouro ou da magna perfeição; aliás nunca o poderia ter dito, porque esta era levou a maior parte dos meus amigos e familiares não só os meus, mas também de muita gente. Contudo, teria preferido continuar nessa era.
- Ou seja, estás a legitimar essa era – insurgiu-se Cadi abatida por aquilo que acabara de ouvir sair da boca do Bruno.
- Sim e não, por uma simples razão.
- Então, di-la lá - pediu Okika.
- Quando eles cá estiveram. - continuou tio Bruno, - agiam como estrangeiros. Sabiam que estavam numa terra estrangeira, invadida, ocupada, ainda que pintassem de legitimidade essa ocupação. Havia muito sofrimento, muita injustiça, muita falta de liberdade; mas tínhamos a comida e não sabíamos o que era passar fome, não tínhamos a triste experiência duma refeição diária.
- Isto é antigo, senhor Bruno – respondeu Okika. - Também Moisés ouviu este murmúrio no deserto, com o seu povo.
- Tu nous a fait sortir de l’Egypte ou nous avions du pain avec du lait et miel pour nous faire mourir au désert (Tu fizeste-nos sair do Egipto onde tínhamos leite e mel para nos fazer morrer no deserto). - Talmudiou Cadi.
- Eu não discuto a antiguidade ou a conscidência dos factos, discuto o facto. O que importa é que isso está a acontecer aqui e exactamente neste momento, e já agora, falando de Moisés, talvez não saibas que ele sempre se sentiu israelita. Vós porém não podeis dizer o mesmo, pois não vos comportais como guineenses, estais cegos e surdos diante do sofrimento dos vossos irmãos. Escandam a liberdade, a pátria e o progresso e quando chega a hora da execução invertem as palavras. Já não se diz a liberdade, a pátria e o progresso, mas o policiamento, a propriedade e a manipulação das massas de uma forma desrespeitadora. Será para isso que perdemos muitos homens? será isso o objectivo da independência? Respondam e não olheis para mim com este ar de cordeiro inofensivo diante do matadouro. Por ventura o conceito da liberdade mudou sem que nós o saibamos, ou é simplesmente a ética da manipulação?
PS: Um trecho do livro "O pensador de Canapé" (inácio valentim), EDIÇÃO DE IPAD

NICOLAS JOHN SPYKMAN E A GEOPOLÍTICA AMERICANA DEPOIS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Neste pequeno ensaio, vamos tentar analisar porque é que a teoria de Nicholas John Spykman foi longamente retomada nos Estados Unidos a nível da política externa depois da segunda guerra mundial. - O que é que contribui para que a América saísse do seu isolacionismo. - Como é que a teoria realista conseguiu sobrepor-se à mensagem idealista fortemente veiculada durante a primeira guerra mundial. - Por fim, vamos tentar analisar como é que a ideia de Spikman gerou o novo maquiavelismo na América.
- Spykman escreve numa altura em que o mundo está envolvido em guerra e que curiosamente América parece estar fora desta guerra devido ao seu não envolvimento directo. A preocupação de Spykman é de saber até que ponto este distanciamento de América em relação às coisas, contribui para a sua própria segurança. Esta inquietude vai merecer uma atenção enorme depois da segunda grande guerra por parte dos principais analistas da política americana. A URSS que entre tanto passou de aliado para adversário político e ideológico contribui muito para que a teoria de Spykman fosse retomada com preocupação. O facto de os EUA e a URSS se encontrarem numa posição geograficamente antagónica, e sobretudo, o crescimento da URSS para quase todo o leste europeu, obrigou as várias administrações americanas a sair da sua inacção em relação à política externa. O fim da segunda grande guerra e o início da rivalidade entre a URSS e os EUA ajudou os americanos a começar à ter outra percepção do mundo através da teoria de Spykman. Segundo ela, “a verdadeira paz só poderia assentar na segurança colectiva, numa sociedade das nações que partilhassem os mesmos valores (individualismo, liberdade e democracia).”[1] A URSS não tinha nenhum destes valores que acabamos de citar, por isso, para a América ela não era só uma ameaça geográfica ou estratégica mas também ideológica. Ter uma URSS forte, significaria para a América, ter uma ideologia comunista cada vez mais crescente. Também o facto dos EUA não saber exactamente o que é que a URSS tinha em termos militares ajudou a actualizar a teoria de Spykman.
Spykman tinha dito, “quem controla o rimland controla a zona charneira do mundo…esta região vulnerável tanto pela terra como pelo mar.”[2] A aquisição da URSS das zonas costeiras da Europa constituiria por isso um perigo para a segurança americana. Ora esta ameaça não podia ser contida sem um envolvimento directo na política externa. A aquisição da URSS pelo “rimland” representava uma fonte enorme para a divulgação do ideal comunista. Esta perspectiva não agradava as administrações americanas que tinham como a principal preocupação nos finais da década de 40, estancar o avanço do comunismo.
Spykman avisou de que o poder é móvel. Ser forte hoje, não quer dizer que continuaremos a sê-lo para sempre. Afirmou que a única coisa certa na política dos Estados é a sua geografia, “a geografia é o factor mais fundamental da política externa dos Estados, porque é mais permanente”.[3] Esta afirmação veio a ser corroborada por Joseph S. Nye, Jr, quando diz,”Apolítica internacional não é como a ciência do laboratório. Não existem experiências controladas, porque é impossível manter os outros factores constantes enquanto tentamos analisar um que se altera”.[4] Por isso, a administração americana percebeu que para se manter forte tinha que trabalhar para continuar a sê-lo. Uma das formas que América descobriu para poder manter o seu poder, foi actuar directamente através da sua implicação na política externa. Esta actuação não foi inocente. Ela é feita através da leitura e da interpretação de Spykman. América deixou assim de se ver como uma ilha inatingível para se envolver no problema concreto do mundo onde ela é parte integrante. Este envolvimento viu-se na participação americana na reconstrução de Alemanha e do Japão e consequentemente nas suas integrações nas organizações e instituições internacionais. Esta integração permitiu não só com que estes países não fossem marginalizados politicamente, mas sobretudo para que eles pudessem ser mais bem controlados pela administração americana e os seus aliados.
- A América sai do seu isolacionismo indo ao encontro dos ensinamentos de Spykman. Na sua teoria da conquista do mundo, Spykman disse que “o domínio do mundo passa pelo domínio do Heartland, que por sua vez carece da conquista prévia do Rimland e que neste quadro, seria necessária a existência de uma política intervencionista permanente, numa solução híbrida entre o poder continental e o poder marítimo, havendo que seleccionar as regiões ou áreas onde intervir, sendo que estas fariam parte de Rimland”[5]. O medo de ver o rimland ser controlado pela URSS despertou um interesse americano para a política externa. Impedir o controlo de rimland era talvez a forma mais óbvia de impedir o avanço soviético na idealização do mundo. A perda da China enquanto antiga aliada essencial não deixou indiferente os responsáveis da política externa americana. Os americanos não ficaram contentes com o facto de a China de Mao Tsétung se ter tornado comunista. No entanto, a mudança da China para a ideologia comunista veio reforçar ainda mais a teoria de Spykman sobre o controlo de espaço, o desenvolvimento das técnicas. Os EUA sabem que a única forma para fazer face à ameaça da China e da URSS tem que passar pelo controlo das técnicas e de uma boa cooperação com os aliados ocidentais.
- A teoria de que América não é uma ilha fora do mundo foi retomada de uma forma crítica depois da segunda grande guerra. A frente dela estavam os grandes teóricos da teoria realistas. O próprio Presidente Hary Truman terá afirmado depois de 1945 que “América não pode ser livre se o mundo não for livre e que o mundo não livre poderá destruir América”.[6] É nesta linha que nos EUA vai nascer um novo maquiavelismo que é uma espécie de reviravolta do realismo sobre o idealismo. Por exemplo, segundo Philippe Braillard, Morgenthau “croit alors aussi en la possibilité de distinguer en politique entre la verité et l’opinion – entre ce que est vrai objectivement et racionellement, soutenu par l’evidence et éclairé par la raison, et ce que est seulement un jugement objectif, separe des faits tels qu’ils sont, et aninmé par un préjugé et une pensée mue par le désir”.[7] Morgenthau afirma ainda que “pour rendre le monde meilleur, on doit agir avec ses forces et non contre elle”[8]. Outros como Robert Kagan, afirma no artigo poder e fraqueza que alguns países particularmente, os países europeus, por não terem a força e instrumentos para defender o mundo adoptam sempre a política de contenção e de pacifismo, ao contrário América porque tem poder e tem meios adopta e deve adoptar a política de intervenção a fim de se proteger e proteger o mundo.
Este novo maquiavelismo que veio suplantar o idealismo nasce na afirmação de Spykman de que os americanos não se devem contentar de deixar a Europa, a Alemanha e o Japão depois da guerra. O novo maquiavelismo nasce também na afirmação intervencionista de Spykman segundo a qual se deve escolher as áreas ou regiões onde se deve intervir. O novo maquiavelismo não é portanto só uma defesa de América, mas a ideia de que um mundo seguro implicará também uma América segura, ou seja a materialização da ideia de Spykman de que América não é uma ilha, mas a parte de todo e que deve actua para a defesa e em defesa do todo.


BIBLIOGRAFIA
Phillippe Moreau Defarges, Introdução à Geopolítica; Gradiva 2003, Lisboa
Carlos Manuel Mendes Dias, Geopolítica: Teorização Clássica e Ensinamentos; Prefácio, 2005, Lisboa
Joseph S. Nye, Jr., Compreender os Conflitos internacionais, uma introdução à teoria e à história; Gradiva, 2002, Lisboa
Phillippe Brailland, Théorie des Relations Internationales; Presse Universitaires de France, 1977, France

[1] Phillippe Moreau Defages, Introdução à Geopolítica, Gradiva 2003, pag,58, Lisboa
[2] Phillippe Moreau Defarges, Introdução à Geopolítica, Gradiva 2003, pg 58, Lisboa
[3] Carlos Manuel Mendes Dias, Geopolítica: teorização clássica e ensinamentos; Prefácio 2005, pg 187, Lisboa
[4] Joseph S. Nye, Jr, Compreender os Conflitos Internacionais; uma introdução à teoria da história, Gradiva 2002, pg 61, Lisboa
[5] Carlos Manuel Mendes Dias, Geopolítica: teorização clássica e ensinamentos; Gradiva, pg 196, Lisboa
[6] Não temos documentos escritos de onde vem esta afirmação, recolhe-mo-la numa aula do seminário. História da sociedade aberta, 15 de Outubro de 2005 com o professor Rui Ramos
[7] Phillippe Braillard, Thórie des Relations Internationnales; Presse Universitaires de France, 1977, pg 84, França
[8] Idem, pg 83

LAS URNAS CONTRA MISERIA Y DROGA (PUBLICADO EN NOVEMBRO DE 2008 IN MUNDO NEGRO)

Por quinta vez en su historia, el electorado de guinea-Bissau está de nuevo invitado a decidir el destino del país de Amílcar Cabral. Después de haber ganado su independencia proclamada unilateralmente en 1973 y reconocida por Portugal en 1974, Guinea-Bissau nunca conoció largos periodos de estabilidad política y militar, incluso después de haberse adherido al viento de la democratización del suelo africano. Vivió de golpe en golpe, cuyo último fue en 1998 y que arrastró al país para una guerra civil que duró 11 meses, seguidos después por un periodo de transición que terminó con las elecciones generales de 1999/2000. Sin embargo, en 2003 los militares deciden destituir al Dr. Kumba Ialá de la presidencia de la república, lo que obligó nuevamente a comenzar un periodo de transición que esta vez terminaría en 2005 con el regreso del exilio de Nino Vieira de Portugal y consecuentemente con su elección por tercera vez para el más alto cargo de la nación.Este pequeño país turbulento de Africa Occidental tiene 36. 125 Km2 de superficie y cuenta aproximadamente con una población que ronda 1.586.000 conforme el último empadronamiento. La principal actividad del país es la agricultura y el comercio, siendo este último completamente dominado por sus vecinos del norte y de sur, respectivamente por los senegaleses y por los guineanos de Conakry, hecho que también repercute mucho en su crecimiento anual de sólo 3% y con un PIB per cápita de 736$ que es repartido simultáneamente por el sector primario con 61,8%; sector secundario con 11,2% y sector terciario con 27%. La esperanza de vida es de 44,5 la mortalidad infantil ronda unos 119,7 y con un analfabetismo de casi 60%. Es pues en este desastre económico que el país va a hablar políticamente en el próximo día 16 de Noviembre eligiendo sus representantes parlamentarios.A nivel político, el país cuenta con dos grandes contrariedades, la primera de las cuales tiene que ver con la fragmentación política o partidaria que en este caso beneficiará sobre todo al histórico partido fundado por Amílcar Cabral, el PAIGC y el partido del líder populista recientemente convertido al Islam, el Dr. Kumba Ialá. La reconciliación reciente hecha dentro del PAIGC con la reelección del antiguo primer ministro, el señor Carlos Gomes Júnior para el cargo del presidente del partido va a ayudar a concentrar votos para el PAIGC, y por otro lado, la popularidad de Kumba Ialá y su conversión al Islam también les serán recompensados. Es pues en esta lógica que algunos pequeños partidos decidieron formar una coalición para intentar evitar que haya una mayoría absoluta en el parlamento por parte de estos dos partidos. La segunda contrariedad tiene haber con la consolidación de la solidaridad étnica y religiosa que se va a expresar en el momento de los votos. Naturalmente los partidos criollos no pueden contar con esta solidaridad, ya que sus líderes son normalmente Guineanos de origen caboverdiano, portugués o libanés. Es el caso del presidente de una de las dos coaliciones, el señor Amine Saad que es guineano de origen libanés, sin embargo es presidente de la Unión para el cambio (UM) y presidente de la coalición de cuatro pequeños partidos (Alianza de fuerzas patrióticas). Por luchas internas y por irregularidades burocráticas, algunos partidos históricos no van a poder participar en estas elecciones, es el caso de la FLING y también de la RGB (Movimiento BA-FATÁ). En una entrevista concedida a la BBC para África Amine Saad decía, "Tenemos un país en que la puesta en marcha de las instituciones es todavía un hecho débil. Cualquier mayoría absoluta puede transformarse en una dictadura absoluta. Por ello el propósito de la coalición es imposibilitar que el PAIGC o PRS ganen las elecciones con mayoría absoluta. No queremos que el PAIGC deje de ser partido único para ser el único partido de Guinea, no queremos que el PRS sea partido absolutista. Tenemos que concurrir, tenemos que juntar esfuerzos para alcanzar un buen resultado que impida al PAIGC o al PRS ganar elecciones con mayoría absoluta ".Sin embargo, el mal de Guinea-Bissau del cual ciertamente se hablará en esta campaña electoral no está sólo en el malestar de las instituciones políticas y militares, el malestar está sobre todo en la cuestión de la droga que preocupa prácticamente a todo el mundo. La flojera institucional transformó el país en un Estado de narcotráfico con una implicación seria de muchos dirigentes políticos y militares. La pasada semana, el subsecretario general para asuntos políticos de Naciones Unidas, el norteamericano B. Lynn Pascoe, refiriéndose a Guinea-Bissau decía: “Si bien Guinea-Bissau tenía recorrido un largo camino desde la guerra civil de 1998-1999, todo lo que se consiguió hasta ahora en el establecimiento de un gobierno democrático y de una cierta estabilidad quedará en peligro si no se afronta enérgicamente la amenaza que es constituida por el narcotráfico”. En la misma línea, Ban Ki- Moon el secretario general de las Naciones Unidas alertó que el país se está convirtiendo en un mercado de droga, pidiendo por ello al Consejo de Seguridad que plantee sanciones eventuales contra Guinea-Bissau. El problema del narcotráfico es un gran peligro para el país porque puede contribuir a desviar la atención de la comunidad internacional con relación a la fiscalización de los recursos recientemente descubiertos en Guinea, los bloques de petróleo y bauxita. Soeres Sambu, el ministro de Guinea-Bissau de los Recursos naturales, afirmó recientemente a la Agencia Lusa en Lisboa, que los 14 bloques de petróleo descubiertos ya están prácticamente vendidos o reservados, sin embargo no aceptó dar más explicaciones sobre el dinero.Así, mientras la comunidad internacional está centrada en la cuestión de la droga, la sociedad de Guinea-Bissau continuará siendo comida por la corrupción política y militar. En este momento los profesores continúan reclamando sus sueldos atrasados y el cólera sigue provocando víctimas entre las poblaciones. Todos estos hechos importantes quedaron en un segundo plano porque la principal preocupación de la comunidad internacional es hacer que la droga no entre hacia Occidente a través de las puertas de Guinea-Bissau. Cualquiera que sea el resultado en las elecciones, la situación no va a cambiar ni para el país mucho menos para la población porque hay divisiones profundas en el seno de las fuerzas armadas, el cuerpo político y las instituciones de Guinea-Bissau son rehenes del conflicto militar. A pesar de la inestabilidad, la tasa de crecimiento ha venido aumentando desde el 2003 y en 2006 creció 4,6, con una inversión extranjera de 10 millones y una importación de 176 millones de dólares.
PS: DECIDIMOS PUBLICAR ESTE ARTIGO AGORA NESTE MOMENTO POR CAUSA DE SUA "ANTECIPADA" VISÃO ESCATOLÓLICA

domingo, 15 de março de 2009

GUINÉ-BISSAU, DE RESPONSABILIDADE COLECTIVA À DEMISSÃO PESSOAL

Que acontecerá depois com a morte do “pai”? Como serão geridos os remorsos e o sentimento de culpa praticado contra o pai? São muitas as perguntas que a consciência retrospectiva guineense hoje se coloca. Entramos num campo freudiano, experimentamos todos a desobediência ao totem e todos, desrespeitamos os tabus clánicos, o que induz que estamos a caminho de perdição.
Aqui, não estamos para fazer uma apologia aos mortos, também não temos intenção de condená-los, o “destino” já encarregou de fazê-lo e fê-lo com veemência. O nosso objectivo aqui é simplesmente perguntar onde estamos e que planos temos para o futuro, isto é, para que direcção queremos seguir. Os apelos a unidade feitos nestes dias fúnebres na Guiné representam simplesmente, o medo, a perdição e o pavor de ver o futuro como a incerteza de todo um povo. Mas, também é a consciência da grandeza do “pai” morto, o herói, o vilão e o sanguinário. Muitos adjectivos e atributos para um mesmo homem. Aquele que unia todos na divisão de todos, por isso mesmo, a única referencia palpável no meio de perdição de todos. Natural por isso que a pergunta que se coloca neste momento, que aliás já tinha sido colocada pelos rostos e olhares sisudos que acompanharam o desfile da imundice de sua mortandade seja, “e agora?”.
O caos guineense presente, é a consequência de uma longa responsabilidade colectiva sem a responsabilização individual, tendo como paradoxo, a demissão pessoal de qualquer tipo de responsabilidade pública. O conhecidíssimo epitáfio dos mortos vivos guineenses, “nha boca castala” é um exemplo óbvio de como as pessoas viraram costas às suas responsabilidades. E é justamente esta situação que permite a manutenção da teoria de engrenagem em que a responsabilidade é sempre dos outros e nunca minha.
Criamos de propósito uma espécie de “outros” vazios para que eles levem com as nossas culpas e responsabilidades por isso, vivemos de transição em transição; de eleição em eleição mas sem um poder constituinte verdadeiro.

YO SOY EL SEÑOR TU DIOS (ÁNGEL MORENO DE BUENAFUENTE)

Yo soy el Señor, tu Dios, que te saqué de Egipto, de la esclavitud. No tendrás otros dioses frente a mi (Ex 20, 1-2)

Idolatrías materiales: cuando los propios instintos se apodera de la persona y la dominan, de manera especial el afán de poder, de tener y de placer.

Suele manifestarse en el culto al propio cuerpo, en el afán por las riquezas o en los deseos de poder. Según san Pablo “esos tales no sirven a nuestro Señor Jesucristo, sino a su propio vientre” (Rom 16, 18). “Enemigos de la cruz de Cristo, cuyo final es la perdición, cuyo Dios es el vientre, y cuya gloria está en su vergüenza, que no piensan más que en las cosas de la tierra” (Flp 3, 18-19).

Idolatrías espirituales: cuando se sobreponen, por encima de todo, el propio pensamiento, la ideología política, las tomas de posturas inamovibles, las ideas fijas.

Se manifiesta en seguridad refractaria, sin apertura a la posible verdad del otro, sin relativización del propio subjetivismo. San Pablo nos advierte: “Os conjuro en el Señor, que no viváis ya como viven los gentiles, según la vaciedad de su mente, sumergido su pensamiento en las tinieblas y excluidos de la vida de Dios por la ignorancia que hay en ellos, por la dureza de su cabeza” (Ef 4, 17-18).

Idolatrías religiosas: cuando los propios símbolos de culto pueden desplazar a quien representan, haciendo de la propia imagen y de la misma práctica religiosa la referencia última.

Se manifiesta en atavismo esclavizante, autojustificación por la práctica religiosa, en orgullo espiritual. Hay veces que puede llegar a reacciones violentas, a movimientos excluyentes, sectarios, endogámicos. San Pablo argumenta: Existen discordias entre vosotros. Me refiero a que cada uno de vosotros dice: «Yo soy de Pablo», «Yo de Apolo», «Yo de Cefas», «Yo de Cristo». ¿Esta dividido Cristo? (1 Cor 1, 11-13). “Destruiré la sabiduría de los sabios, e inutilizaré la inteligencia de los inteligentes. ¿Dónde está el sabio? ¿Dónde el docto? ¿Dónde el sofista de este mundo?” (1 Cor 1, 19-20).

Jesús combate la idolatría instintiva, y llega a decir: “No andéis preocupados por vuestra vida, qué comeréis, ni por vuestro cuerpo, con qué os vestiréis. ¿No vale más la vida que el alimento, y el cuerpo más que el vestido?” (Mt 6, 25) “Y no temáis a los que matan el cuerpo, pero no pueden matar el alma; temed más bien a Aquel que puede llevar a la perdición alma y cuerpo en la gehenna” (Mt 10,28).

Jesús atraviesa todas las fronteras, pasa a la otra orilla, cura a paganos, toca a leprosos, llama a publicanos. Se rompe el velo del templo.

Jesús combate la idolatría religiosa: “¿Tampoco habéis leído en la Ley que en día de sábado los sacerdotes, en el Templo, quebrantan el sábado sin incurrir en culpa? Pues yo os digo que hay aquí algo mayor que el Templo. Misericordia quiero, que no sacrificio, no condenaríais a los que no tienen culpa. Porque el Hijo del hombre es señor del sábado»” (Mt 12, 5-8).

Destruid este templo, y yo en tres días lo levantaré. Él hablaba del templo de su cuerpo (Jn 2, 19).

quarta-feira, 11 de março de 2009

LA DEPENDENCIA DE LA AYUDA, ANULA LA AUTONOMIA?

Las primeras preguntas que nos planteamos en torno a esta cuestión son: ¿cuál es la certidumbre de la realidad del mañana?, ¿qué será de la vida de quien anduvo perdido en las manos de otros?, ¿hasta cuándo esa certidumbre no dejará de ser una simple resignación o un rechazo de la inquietud?Estas preguntas nos conducen a un problema importantísimo en la vida de un inmigrante y, de manera particular, en la vida de un inmigrante que recibe ayuda de alguien o de una institución. Se trata de la cuestión de la autonomía.En su definición de la noción de persona, Kant afirma que una de sus características principales consiste en que está dotada de autonomía: sólo ella goza de autonomía para imponerse a sí misma las reglas de conducta y el respeto por el cumplimiento de los valores. Así, de golpe, esta definición choca con la noción de persona que poseemos, dentro de la esfera del concepto de caridad imperante hoy. De entrada, los principios de autonomía y de caridad, son inconciliables. Se da una superposición entre los dos: en otras palabras, hay una primacía de uno sobre otro que es contradictoria en su esencia.La contradicción reside en el hecho de que, si quisiéramos seguir la definición kantiana de persona, la caridad debería estar al servicio de la autonomía del individuo; esto es, la autonomía tendría primacía sobre caridad. Pero, para eso, tendríamos que superar una serie de cuestiones: ¿quién que es ayudado puede sentirse autónomo en el verdadero sentido de la palabra?, ¿esta persona está habilitada para opinar sobre lo que quiere o no quiere, sobre lo que le gusta o deja de gustarle?; y, si esta persona no es autónoma, ¿aún podemos hablar de caridad?Este conjunto de preguntas nos conduce a la verdadera definición del término persona, nos enfrenta a su etimología. En griego, el término persona quiere decir máscara; sin embargo, en este intento de ver si hay o no posibilidad de conciliación entre el principio de autonomía y el principio de caridad, descubrimos que no sólo el término persona -un término enmascarado-, sino también muchos de los actos practicados y desarrollados por el individuo -esto es, por la persona- provocan la colisión entre la caridad y la autonomía, que sale dañada en varios aspectos fundamentales para el desarrollo y la estructuración de la persona.Desde luego, está en cuestión el tema de la autoestima y de la educación: poder decidir libremente sobre lo que yo quiero o deseo hacer con mi vida significa, ante todo, contar con las condiciones esenciales para defender ese deseo de autonomía; significa disponer de aquello que impide a terceros condicionar considerablemente mi libertad. Y una persona completamente dependiente de los otros no puede dibujar este tipo de horizonte, porque sabe que su necesidad choca con su dependencia, y es justamente este choque lo que pone en cuestionamiento su autoestima.El mismo gesto de caridad no tiene el mismo significado para dos grupos diferentes de personas ayudadas, porque el grado de autoestima de ambos grupos también varía. Un subsahariano sin estudios y sin la mínima orientación social no hará la misma interpretación que un sudamericano con estudios, aunque el gesto sea igual o concomitante. Quien se sirve de la venta de los pañuelos en la calle o en los semáforos como del único recurso para sobrevivir, porque carece de estudios, no tiene herramientas para competir, no puede de ningún modo poseer el mismo grado de autoestima que una persona que cuenta con las herramientas para competir. El grado de esclarecimiento es diferente: de modo, que también será diferente no sólo el grado de interpretación de los gestos, sino también el grado de formulación del descontento.
PS: PUBLICADO IN CEMIGRA

quarta-feira, 4 de março de 2009

A GUINÉ NÃO ESTÁ PREPARADA PARA VIVER SEM "NINO"

Uma provocação ou uma verdade inconveniente? Não, não é uma provocação, será certamente uma verdade inconveniente para estas horas. “Nino” era o mais carismático guineense de todos os tempos e ultrapassa de longe o seu grande mestre, Amílcar Cabral. Amílcar trouxe aos guineenses uma liberação, sair do Egipto colonial rumo à uma terra prometida que nunca encontraram. “Nino” fez o caminho inverso, criou e fundou uma terra com a sua identidade pessoal: intriga, violência, medo, poder e a tragédia política; deu liberdade aos guineenses que transformaram em libertinagem, isso começando pelo próprio “Nino”, porque a ele lhe convinha.
Ganhou a Guiné criando um mito em torno da sua pessoa, passando deste modo a ser o poder personificado. Contrariamente a Cabral que era um colosso no meio de escombro, um diferente no meio dos iguais; “Nino” era um igual no meio dos iguais, um escombro no meio de escombro, por isso, foi fácil para ele fundar uma nação dos iguais, com a única excepção de que era ele, (Nino) quem decidia o destino daqueles que podiam chegar a emancipação da igualdade. Morre depois de mais de 20 anos de poder, deixando uma nação de multidão, isto é, daqueles que só sabem produzir opinião, daqueles que sabem tudo e não sabem nada. E nisto ganha outra vez a Amílcar, Cabral queria um povo, uma nação instruída; “Nino” quis e fundou um povo e uma nação de ignorantes ou pelo menos, de gente passiva, para que ele possa ser um igual de referência no meio de uma igualdade anónima.
Morre, e com ele leva também o mais frio dos generais guineenses de todos os tempos. Digam se não é uma tragédia. Os civis e militares tinham medo do “Nino”, os militares tinham medo de Tagme e agora há que encontrar não só a figura do patriarca como também da personificação e continuidade do patriarca. É por isso que os próximos tempos guineense serão tempos de plasticidade, de um existir não existir, um retorno ao estado de natureza. Inútil por isso, fazer apelos apaziguadores, a Guiné é uma terra onde a natureza se encarrega de fazer o seu próprio equilíbrio. Olhem para trás e vejam se a história política e militar tem tido falhas.

segunda-feira, 2 de março de 2009

O SILÊNCIO DOS MORTOS E A TRAGEDIA DOS HEROIS

Hoje a Grecia antiga visitou a Guiné e os herois se despediram do país e da cidade com a forma masi normal da política guineense, o fim trágico. É proprio dos herois usar a tragédia para dizer adeus. E, mais não se diz porque tudo ja está dito, ver o artigo "OS PRESIDENTES SOMBRAS".