segunda-feira, 13 de abril de 2009

A GUINÉ E O PROBLEMA DE AUTO REFERÊNCIA

O espaço público guineense atravessa um deserto de saber. Os sábios retiraram-se da intervenção pública guineense para não se cruzar com os novos donos do “saber” muito mal sabido. Na praça guineense de este novo saber há um monopólio sobre a verdade da realidade social e política do país. Só é real o que sei, o que conheço. O que desconheço não existe. De este modo, usamos o apelo a ignorância para instaurar a unicidade e o nivelamento do pensamento. Não me estranha por isso, que um destacado publicista de venda de cosméticos e aparelhos electrónicos da nossa praça cibernética procure a legitimidade junto da unicidade do pensamento para o seu comércio.
Parece que é habitual que todos os quadros que não pensam em conformidade com o pretendido pensamento nacional, sejam vistos como não tendo terminado os respectivos cursos e sejam acusados de “merecer” uma bolsa injustamente. Nós estamos em condição de falar por nós mesmos, porque nunca fomos beneficiários de bolsas guineense (quem tem provas do contrário que as torne públicas e documentadas) ou outras na licenciatura feita na (UCP) ou outras formações posteriores em curso.
Somos de opinião de que o debate se faz na diversidade e na busca de consistência para o mesmo. Os perdedores dos debates não são aqueles que ficam sem palavras, mas os que não sabem ficar calados quando não têm nada a dizer. É normal que a nossa maneira de escrever e citar canse aos que se consideram supra autoridades. Nós, não o somos, por isso, a intenção de bem-fazer, nos obriga a olhar para aqueles que já fizeram, aqueles que nos precederam. Também queremos dizer com todo o respeito aos vendedores de cosmética, que não há guerra com o “CONTRIBUTO”. Há talvez uma diferença de opinião assente no respeito e na amizade. Não nos cansamos de dizer que é um espaço incontornável de referência guineense, o que não quer dizer que muitos dos contributos expostos não possam ser objectos de discordância analítica. Há seis anos que estamos a escrever publicamente; e há seis anos que somos fieis a nós mesmos, evoluindo conforme a realidade.
Falamos de aquilo que sabemos e aceitamos que há algo para além de aquilo que sabemos. A auto referência desmedida é certamente um sintoma de complexo.

4 comentários:

Inácio Valentim disse...

Os vendedores de costmética que nos forneçam documentação de bolsa guineense ou estrangeira da qual somos beneficiários e que nos facultem também algo credível que demostre a não finalização do curso de ciências politicas e relação internacional na Católica. Escrever é dizer algo interessante mas sobretudo, dizê-lo com propriedade.
Há pessoas que quando lhes faltam ideias inventam inimigos ou se limatam em "barri padja"
Valentim

Anónimo disse...

Meu caro, concordo plenamente contigo. Penso que ha pessoas que querem citar mas não o sabem fazer ou não têm instrumentos suficientes para fazê-lo. O importante é continuar como estás a fazer para não deixar que haja brecha para os inimigos do "CONTRIBUTO".
O termo "vendedores de cosmética" cai bem. O tipo é quem usa mais citações inconsequente no contribudo, mas não ha dúvidas que é um amigo teu. Ele mesmo te cita-te e te defende. Que queres mais?? Teve um deslize esta vez, mas isso acontece a todos. A hora é de unidade e não de divisão.

Anónimo disse...

Meu caro, podes crer que somos milhares de guineenses que duma ou doutra forma, identificamos com a tua postura política, algo pedagoga, na abordagem da nossa situação. Continue com essa tua humildade, que vencerás sempre os teu detractores.

Anónimo disse...

meu caro Valentim,este tipo ou não sabe ler ou é um "intchutchidur nato".Queria sabar onde está referido no teu texto a barbaridade que segue."Rotular de ignorante aos quadros guineenses com os respectivos curriculum vitae (CV) expostos no espaço Contributo e, aparentemente, de longe mais enriquecidos que o CV do autor desta frase, é a clara demonstração de ausência de autocrítica, num gesto que considero nada mais que uma tímida fuga em frente, na tentativa de salvar o tal verniz intelectual de que já fiz referência anteriormente. É mais intelectual aquele que continua a escrever sozinho e, apenas comentado por um anónimo que toda a gente sabe que não passa de um ignorante plantador de azeitonas? Com isso não quero dizer que as análises publicadas não tenham qualidade, apesar de a maioria deles serem controversos, quando são os assuntos guineenses a serem analisados."
Que Deus nos valha de esta gente que se esconde atrás dos sem-nomes para acusar e atacar todos. É patente o ódio contra ti, justamente por terem sido humilhados na sua produção de lixo. Nós estamos contigo assim como estamos com o Contributo. O Didinho com certeza ja percebeu a manobra dos intchutchiduris. O prof Lamarana tem razão
O leitor.