sábado, 28 de abril de 2007

OLHOS POSTOS NA LONGITUDE

Depois de uma longa batalha de corredores, o chefe de Estado guineense acabou por aceitar o nome de Martinho Ndafa Cabi para chefiar o Governo. Nada mau. É um sinal claro de que, apesar das inúmeras irregularidades, a democracia guineense está lentamente a fazer o seu caminho.
No turbilhão da noite a que a política guineense nos habituou, é normal que o novo primeiro-ministro tenha muito que fazer, isto é, se estiver decidido a trabalhar para o país. Neste momento embora com muito cepticismo, os guineenses e a comunidade internacional estão com olhos postos na perspectiva do novo primeiro-ministro, e sobretudo na necessária coragem política que é exigida nesta conjuntura para o desmantelamento do circuito da droga, da corrupção e de grupos de interesses nefastos ao país.
É de esperar também que os partidos assinantes do pacto de estabilidade, particularmente o PRS, mostre a maturidade política que até agora ainda não demonstrou ter. Os guineenses agradeceriam muito se o novo Governo fosse formado por pessoas com capacidade de análise e muito bem intencionadas, em vez de pessoas com capacidade de influência, mas sem boas intenções para o país.
Não faltarão as resistências das forças ocultas, mas vamos esperar que o bom senso permita que tudo corra bem e que os guineenses não sejam mais uma vez desiludidos pela ganância e corrupção.

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