sexta-feira, 5 de junho de 2009

A GUINÉ NÃO ESTÁ PREPARADA PARA VIVER SEM "NINO" 2

A morte de Baciro Dabo vem confirmar de que a Guiné continua a ser uma terra onde a natureza se encarrega de fazer o seu próprio equilíbrio. Há tempos escrevemos que a morte do presidente “Nino” iria deixar a Guiné num existir não existir, numa elasticidade de sobrevivência; onde o instinto de conservação terá que falar mais alto que qualquer respeito pelas leis/pessoa humana.
Naturalmente o ódio pessoal que muitos tinham contra o presidente “Nino” não permitiu ver que, o país não estava onde está porque o “Nino” é o principal ou o único culpado. Cada dia que passa na Guiné vemos surgir mais “ninos”, piores “ninos” e uma nostalgia do verdadero “Nino” por pior razão. A difusão do poder corrompeu até a mais santa alma da política guineense. Não há nenhum candidato inocente na política guineense. Isto é, ninguém faz política na Guiné por patriotismo.
A morte de Baciro é também um aviso de que apesar da fantochada das eleições presidenciais marcadas para o dia 28 deste mês, a lei de sangue continuará a se vigente no país com a promiscuidade das instituições políticas, civis e militares da Guiné. Não esperem pela comunidade internacional, porque ela não sabe onde está situada a Guiné-Bissau.

6 comentários:

Anónimo disse...

Nada mais verdadero.Dois ninistas mortos no mesmo dia. Porque será

Armando Quadé disse...

Mais um brilhante analise!

As pessoas que odiavam Nino, principalmente por causa de 14 de Novembro, nunca perceberam as realidades internas/toda historia da quele pais. Na Guiné tudo comeceu mal, principalmente com a fundacao do partido chamado PAIGC.

Eleicoes nunca vao resulver "doencas cronica" de Guiné!

Algo de radical...precisa-se!

Certo é que nao aposto na intervencao militar estrangeira, nem do CPLP. Porque, as consequencias sera o que ja podemos imaginar que é contruir uma nova classe politica de acordo com as suas preferencias, sem o "input" do povo.

Alguem tem possiveis solucoes a expor!!!

Anónimo disse...

Caro Valentim, ainda bem que regressou aos artigos sobre aquela nossa terra, infelizmente pelos piores motivos.
Nunca duvidei da sua lucidez analítica, como já o afirmei várias vezes, não deixa de ser curioso que no livre exercício da sua liberdade, você acabou por ser considerado “persona non grata” naquele Bantaba tão importante que já contribuiu para a Paz e sossego do povo Guineense.

Juntei a minha voz à sua aquando do seu primeiro artigo à cerca deste assunto, e, volto a juntar agora outra vez, pois, é preciso recordar àqueles nossos compatriotas imbuídos de sentimentos de superioridade moral, que mais uma vez podemos demonstrar quão reducionista eram e são as suas investidas na colagem dos problemas da Guiné-Bissau exclusivamente ao Sr. João Bernardo Vieira (Nino).

Devemos ter sempre presente que na largura da malha analítica cabe muito mais Guiné do que aquele que os nossos amigos reduziram à dimensão do Sr. João Bernardo Vieira, por tal era e é muito importante ultrapassarmos o absurdo de críticas inúteis, e, procurarmos encontrar as soluções para os nossos problemas no antagonismo crónico dos grupos sociais da famigerada sociedade Guineenses.

Abraço.

Anónimo disse...

Valentim, agora ja se percebe porque é que este tipo não quer sair do anonimato. Tem medo e vergonha de ser conotado e associado com as suas estrapolações. Valha-me deus
“Aproveitar os últimos assassinatos no país para voltar a afirmar, em forma de análise política, que a Guiné-Bissau não está preparada para viver sem Nino e achar que ele não era o principal responsável (óbviamente não o único) pelo percurso que o país adoptou após 14 de Novembro de 1980, é de uma incomensurável desonestidade intelectual, que até os menos informados cometeriam!! De repente apagamos da nossa memória que os mais recentes defuntos politicos da Guiné-Bissau são apenas os alunos do quadro de honra da escola Ninista!? De repente esquecemos que esses corruptos cadáveres têm os seus nomes conotados com a maior actividade patrocinada e protegida pela escola de Nino Vieria - o narcotráfico?”

Anónimo disse...

E este outro que quando está mal no sit recorre as conversas privadas para pedir a participação. Guiné cansa.
"Questiona-se como podem os Serviços de Informação de Estado, no espaço de 4/5 horas, ter a certeza absoluta do envolvimento de todas essas figuras acusadas e, num momento de apreensão por uma suposta tentativa de golpe de Estado, conseguir emitir um Comunicado acusatório contra políticos, entre eles alguns deputados da nação e militares que se encontram no estrangeiro e que, há muito não têm estado ao serviço das Forças Armadas da Guiné-Bissau?”
Guiné cansa

Anónimo disse...

pois é devem de pensar que só elis teem direitos para falar de nino