A afirmação é de um dos mais populares líderes políticos da União Europeia, Sílvio Berlusconi. As suas posições provocadoras sobre a África têm-se tornado uma constante
Berlusconi parece ser o único líder europeu que consegue quebrar a máscara de hipocrisia, fruto de um respeito recíproco possível, enquanto uma cultura ou civilização se vê como o modelo auto-referencial. “É vergonhoso passear por Roma e por algumas cidades italianas porque estão tão sujas como as cidades africanas, não parecem cidades europeias”. Implicitamente, é dito: “Os porcos são os outros; nós, os civilizados, não podemos aceitar viver como eles”.Não me parece que a sujeira seja um marco ontológico do africano. Pode, no limite especulativo, ser um rasgo de algumas situações de pobreza, o que quer dizer que também o homem ocidental, o homem europeu pode ser confrontado com a realidade da sujeira. O importante parece ser, por isso, saber resolver as situações contextuais e não transbordar gratuitamente em ofensas mediáticas com o simples intuito de conseguir uma popularidade controversa, neste momento, da campanha eleitoral.As posições provocadoras de Berlusconi sobre a África têm vindo a ser uma constante. Talvez, por isso mesmo, não houve reacções. São excepção um número muito reduzido de blogues e periódicos, na sua maioria espanhóis. Naturalmente, não se trata de saber se o senhor Berlusconi tem ou não razão. Mas sim, se é necessário recorrer à gratuidade da ofensa de uma identidade ou situar-se contra uma identidade. Não há dúvidas de que há um “nós” versus “os outros”. A questão é saber como pôr em diálogo, como encontrar um molde que permita um diálogo entre o “nós” e “os outros”, sem cair no irrealismo e, sobretudo, sem cair na tentação da auto-referência. Esta coisa de que o mundo somos nós e os outros existem segundo a nossa medida.
Inácio Valentim FÁTIMA MISSIONÁRIA
Berlusconi parece ser o único líder europeu que consegue quebrar a máscara de hipocrisia, fruto de um respeito recíproco possível, enquanto uma cultura ou civilização se vê como o modelo auto-referencial. “É vergonhoso passear por Roma e por algumas cidades italianas porque estão tão sujas como as cidades africanas, não parecem cidades europeias”. Implicitamente, é dito: “Os porcos são os outros; nós, os civilizados, não podemos aceitar viver como eles”.Não me parece que a sujeira seja um marco ontológico do africano. Pode, no limite especulativo, ser um rasgo de algumas situações de pobreza, o que quer dizer que também o homem ocidental, o homem europeu pode ser confrontado com a realidade da sujeira. O importante parece ser, por isso, saber resolver as situações contextuais e não transbordar gratuitamente em ofensas mediáticas com o simples intuito de conseguir uma popularidade controversa, neste momento, da campanha eleitoral.As posições provocadoras de Berlusconi sobre a África têm vindo a ser uma constante. Talvez, por isso mesmo, não houve reacções. São excepção um número muito reduzido de blogues e periódicos, na sua maioria espanhóis. Naturalmente, não se trata de saber se o senhor Berlusconi tem ou não razão. Mas sim, se é necessário recorrer à gratuidade da ofensa de uma identidade ou situar-se contra uma identidade. Não há dúvidas de que há um “nós” versus “os outros”. A questão é saber como pôr em diálogo, como encontrar um molde que permita um diálogo entre o “nós” e “os outros”, sem cair no irrealismo e, sobretudo, sem cair na tentação da auto-referência. Esta coisa de que o mundo somos nós e os outros existem segundo a nossa medida.
Inácio Valentim FÁTIMA MISSIONÁRIA
1 comentário:
é incrivel ler/presenciar a ingenuidade dos africanos no seu maior (principalmente o artigo da dita doutora Antonieta Rosa Gomes sobre a lei da cidadania)!!! Branco ensine o idealismo e pratique o realismo. Preto aprende e pratique o idialismo de Branco. Branco protege tudo que lhe pertence e rouba o que nao lhe pertence a todo custo. Preto entregue a bandeija tudo que lhe pertence...e torna-se escravo, quer na terra de Branco, quer na sua propria terra. Como dizem os Franceses, "ce le maladie Africain." A dita doutora Antonieta falou de Costa de Marfin, mas nao contou toda a historia...principalmente no que deu na origem do presente lei da cidadania na quela nacao Africana. A dita doutora também citou Portugal e Brasil como referencas, mas ela de novo esqueceu de mencionar o mais essencial que é a percentagem de pretos/mesticos como parlamentares ou membros no governo destas nacaos! As vezes quero me matar, so pela vergonha da ignorancia dos muitos pretos/africanos!
Censura de Didinho esta dar cabo de mim...
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