A Guiné-Bissau volta a ser notícias estes dias na imprensa internacional por um mau motivo. A guerra de estratégia entre o presidente da República, João Bernardo Vieira “Nino” e o seu chefe de Estado-maior, o general Batista Tagme Na W, para controlar o país parece ter rompido definitivamente a esfera das guerras privadas, as guerras de equilíbrio.
Desde de 2004 que temos vindo a escrever sobre a fantochada de perdão entre os dois homens. Uma fantochada que pode levar o país para confrontação militar a qualquer momento, basta para isso que o instinto de conservação de um decide reclamar a sua autoridade suprema sobre outro. A estabilidade do país depende neste momento da resignação ou não do instinto de conservação dos dois homens. A Guiné-Bissau continua a flutuar no seu amor a violência militar.
Enquanto o mundo político preocupa-se em fazer política através do discurso, de aprendizagem e da dialéctica, os políticos e os militares guineenses estão obstinados a fazer da acção violenta o prato forte para ser o bom político. Nesta lógica não é de estranhar que no país não possa haver perdão particularmente, na esfera político-militar. A Guiné é o Estado típico onde não pode haver perdão por não ter havido antes a punição e a responsabilização. O país confundiu a punição com o acto de violentar o outro sob pretexto de ser culpado. E, este é o grande erro guineense. Não é só o arrependimento que é perdoado, mas sobretudo a responsabilização e a compreensão do acto errado pelo qual se pede perdão. Nenhum país pode sair do ciclo da violência político-militar usando a teoria de engrenagem para se auto inocentar.
Desde de 2004 que temos vindo a escrever sobre a fantochada de perdão entre os dois homens. Uma fantochada que pode levar o país para confrontação militar a qualquer momento, basta para isso que o instinto de conservação de um decide reclamar a sua autoridade suprema sobre outro. A estabilidade do país depende neste momento da resignação ou não do instinto de conservação dos dois homens. A Guiné-Bissau continua a flutuar no seu amor a violência militar.
Enquanto o mundo político preocupa-se em fazer política através do discurso, de aprendizagem e da dialéctica, os políticos e os militares guineenses estão obstinados a fazer da acção violenta o prato forte para ser o bom político. Nesta lógica não é de estranhar que no país não possa haver perdão particularmente, na esfera político-militar. A Guiné é o Estado típico onde não pode haver perdão por não ter havido antes a punição e a responsabilização. O país confundiu a punição com o acto de violentar o outro sob pretexto de ser culpado. E, este é o grande erro guineense. Não é só o arrependimento que é perdoado, mas sobretudo a responsabilização e a compreensão do acto errado pelo qual se pede perdão. Nenhum país pode sair do ciclo da violência político-militar usando a teoria de engrenagem para se auto inocentar.
PS: publicado para FM
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