Uma provocação ou uma verdade inconveniente? Não, não é uma provocação, será certamente uma verdade inconveniente para estas horas. “Nino” era o mais carismático guineense de todos os tempos e ultrapassa de longe o seu grande mestre, Amílcar Cabral. Amílcar trouxe aos guineenses uma liberação, sair do Egipto colonial rumo à uma terra prometida que nunca encontraram. “Nino” fez o caminho inverso, criou e fundou uma terra com a sua identidade pessoal: intriga, violência, medo, poder e a tragédia política; deu liberdade aos guineenses que transformaram em libertinagem, isso começando pelo próprio “Nino”, porque a ele lhe convinha.
Ganhou a Guiné criando um mito em torno da sua pessoa, passando deste modo a ser o poder personificado. Contrariamente a Cabral que era um colosso no meio de escombro, um diferente no meio dos iguais; “Nino” era um igual no meio dos iguais, um escombro no meio de escombro, por isso, foi fácil para ele fundar uma nação dos iguais, com a única excepção de que era ele, (Nino) quem decidia o destino daqueles que podiam chegar a emancipação da igualdade. Morre depois de mais de 20 anos de poder, deixando uma nação de multidão, isto é, daqueles que só sabem produzir opinião, daqueles que sabem tudo e não sabem nada. E nisto ganha outra vez a Amílcar, Cabral queria um povo, uma nação instruída; “Nino” quis e fundou um povo e uma nação de ignorantes ou pelo menos, de gente passiva, para que ele possa ser um igual de referência no meio de uma igualdade anónima.
Morre, e com ele leva também o mais frio dos generais guineenses de todos os tempos. Digam se não é uma tragédia. Os civis e militares tinham medo do “Nino”, os militares tinham medo de Tagme e agora há que encontrar não só a figura do patriarca como também da personificação e continuidade do patriarca. É por isso que os próximos tempos guineense serão tempos de plasticidade, de um existir não existir, um retorno ao estado de natureza. Inútil por isso, fazer apelos apaziguadores, a Guiné é uma terra onde a natureza se encarrega de fazer o seu próprio equilíbrio. Olhem para trás e vejam se a história política e militar tem tido falhas.
Ganhou a Guiné criando um mito em torno da sua pessoa, passando deste modo a ser o poder personificado. Contrariamente a Cabral que era um colosso no meio de escombro, um diferente no meio dos iguais; “Nino” era um igual no meio dos iguais, um escombro no meio de escombro, por isso, foi fácil para ele fundar uma nação dos iguais, com a única excepção de que era ele, (Nino) quem decidia o destino daqueles que podiam chegar a emancipação da igualdade. Morre depois de mais de 20 anos de poder, deixando uma nação de multidão, isto é, daqueles que só sabem produzir opinião, daqueles que sabem tudo e não sabem nada. E nisto ganha outra vez a Amílcar, Cabral queria um povo, uma nação instruída; “Nino” quis e fundou um povo e uma nação de ignorantes ou pelo menos, de gente passiva, para que ele possa ser um igual de referência no meio de uma igualdade anónima.
Morre, e com ele leva também o mais frio dos generais guineenses de todos os tempos. Digam se não é uma tragédia. Os civis e militares tinham medo do “Nino”, os militares tinham medo de Tagme e agora há que encontrar não só a figura do patriarca como também da personificação e continuidade do patriarca. É por isso que os próximos tempos guineense serão tempos de plasticidade, de um existir não existir, um retorno ao estado de natureza. Inútil por isso, fazer apelos apaziguadores, a Guiné é uma terra onde a natureza se encarrega de fazer o seu próprio equilíbrio. Olhem para trás e vejam se a história política e militar tem tido falhas.
5 comentários:
Uma análise bem pensada e muito bem feita. Ja era tempo voltar a escrever sobre a Guiné mas não voltar com o contributo.
Caros Companheiros, gostaria de deixar apenas algumas observações à volta deste caso que me tem inquietado.
1- Porque será que Nino manda eliminar Tagme e, fica sentadinho em sua casa como se não previsse a reacção natural e óbvia dos homens ( militares Balantas ) amigos de Tagme?
É possível acreditar nisso? Seria assim tão ingénuo para não dizer burro, acreditando que não se passaria nada? Porque não terá fugido?
Tenho dúvidas.
2- Qual terá sido o papel do Sr. Bubo à volta disso tudo? Porque será que depois do caso das aeronaves, o Estado Maior resolveu acusar esse Sr. de intentona de Golpe, permitindo de seguida a sua fuga para Gâmbia?
3- Porque será que os militares afectos ao Estado Maior terão impedido o regresso do Sr. Bubo por várias vezes anunciado?
4- Foram exibidos os tais medicamentos que os militares categoricamente afirmam ser a encomenda trazida pelas aeronaves?
5- Que terá ido a ex-ministra dos negócios estrangeiros fazer a Gâmbia após a fuga do Bubo para aquele País?
6- Que terá ido o Cadogo fazer há bem poucos dias à Gâmbia?
7- Porque será que o Presidente da República da Guiné, ficou sem guardas presidenciais?
8- Porque será que, tal como aconteceu em Novembro, ao polícias de intervenção não socorreram o Presidente num ataque que durou horas, segundo os relatos, com uma esquadra ali bem perto da sua residência?
Ah! Desculpem lá meus amigos, parece que tudo não se passou duma (im)perfeita encenação. Nino está vivo e bem vivo. Isso foi só para desestabilizar o governo de Cadogo Júnior.
Analista político como eu, não há.
Oi Valentim, como diz um anonimato, ja era tempo.. e estas de parabens. Por favor, eu também te peco, nao envies mais os teus carissimo textos para "Contributo nha Projecto."
A tua capacidade.. esta por alem de tudo que se passa no "Contributo nha Projecto." Por isso nao devias gastar os teus preciosos tempo/energia.
Olha ha sempre pessoas interessadas no que tens para dizer sobre Guiné, e vao sempre te procurando seja onde encontras!
Nao fiques desiludido com a Guiné; é nesse momento que a Guiné precisa dos filhos leal/orgulhoso/sem pretencoes, para sair da situacao...
Sabemos que ha pessoas(Portugueses e nao..) pretenciosos/complexados pronto e disposto a humilhar Guiné perante o mundo! E a Guiné precisa dos seus verdadeiros filhos para lhe salvar/defender/proteger contra estes malditos...
Armando Quadé
armandoquade@gmail.com
A Guiné e os guineenses têm que aprender a arte de superação, o espírito de dialogar na diferença e na. Um abraço
Valentim
Demasiado óbvio este artigo. Já há prisoneiros de Tagme e os que mataram o presidente para quando será?
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